sábado, 16 de janeiro de 2010

Alguém?

Foi tudo ficando assim d-e-s-i-n-t-e-r-e-s-s-a-n-t-e... Tudo e todos. Será por isso que quero tanto ficar só?
Quero e não quero... Mas quero muito menos estar com alguém que não quero.
E não é que não quero... É que não me interesso... Em alguns momentos penso que o problema está em mim... Por que todos parecem tão – sem graça?
E é um sem graça não de ser sem humor... Um sem graça de falta de cor, de cheiro, de tato, de recheio... Não destes recheios comestíveis, mas que sim, alimentam a alma, o ego, a mente...
Só queria poder conversar... Conversar com alguém que me entendesse... Ou que me dissesse que entende, sem aquela cara de “só estou sendo agradável”... Conversar com alguém que eu quisesse entender... Alguém que me causasse aquela inquieta sensação de – putz... Será mesmo que ele existe?
Alguém com quem eu pudesse compartilhar o que sei... E que quisesse beber de mim... Sugar o que tenho – é pouco eu sei – mas é pouco um tanto interessante.
Alguém que pudesse me contar algo novo... Algo que eu quisesse saber... Algo que me abalasse.
Alguém capaz de rir... Mas não quando eu fizesse graça... E sim quando eu ficasse séria – a gente é tão engraçada quando se fingindo de séria.
Alguém capaz de chorar... De chorar comigo... De chorar por mim, pra mim... Alguém que me fizesse chorar, mas um choro bom... Desses que lava o interior...
Alguém capaz de tocar... Tocar uma rosa sem feri-la... Tocar seus espinhos sem ferir-se... Alguém de toque quente, que derretesse o gelo... O gelo que se criou ao meu redor... Alguém que me tocasse a mão... Ahh... Que me acolhesse com este toque... Que me dissesse com tato silencioso: Estou aqui! Sabe?
Como eu quero alguém...

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